Páginas

segunda-feira, 14 de maio de 2018

A prisão de Lula é um crime político!

O momento político do Brasil é tão tenso, que mesmo a política sendo meu dia a dia eu estou completamente confusa.

Eu tenho absoluta certeza que a prisão do Lula é um crime político, mas venho refletindo sobre como o próprio vem se portando diante de um cenário tão delicado.

Tenho um pouco de medo da criação de heróis, o Lula foi na minha opinião o melhor presidente que tivemos, mas sei que ele usou de meios (como todos os outros, democratas ou não) que são parte de uma máquina maior, para aprovar e ter maioria em suas políticas.

Ele hoje se coloca como uma pessoa que pode amenizar toda essa crise, e eu acredito que sim, porém, não acho que é só ele que pode fazer isso.

O Lula entrou numa roda meio megalomaníaca para vingar todas injustiças cometidas contra ele.

E é foda julgar, não sei se eu agiria diferente estando na pele dele, mas acho que a decisão dele sair candidato foi um erro pensando num cenário político de longo prazo.

Eu trabalhei com crianças, adolescentes e adultos falando de como a política não era um monstro abominável, que ela era só uma ferramenta, e que teríamos que escolher bem as pessoas que sabem usá-la.

É hoje, esse mesmo argumento continua a me desafiar a pensar mais ainda sobre isso é "mas nunca muda, é sempre a mesma coisa".

Pois é, na verdade ela muda sim, mas demora, e demora por que pessoas que acumulam capital político não o distribuem para que outros possam ocupar o espaço sem vácuo do poder, e acho que esse é o grande erro do Lula.

Ele podia levantar um nome como candidato, e em alguns anos criar um novo quadro de representação, ele fez isso com a Dilma, o problema é que mesmo ela sendo uma mulher foda, ela tinha uma fragilidade que essa política não permite ter, a argumentação confusa.
Tendo esse cenário onde um general ameaça dar um golpe, e onde o judiciário faz chantagens como jejum e qualquer outra merda, eu acho foda que temos que levantar um herói pra sobreviver, e fico triste.

Sei de todos os feitos do Lula, sei de sua importância, inclusive seus inimigos próximos também sabem, ou você acha que o voto do Gilmar Mendes foi à toa?

Lula será um mártir, ele está sacrificando seus últimos anos em nome de uma causa, vai entrar para história assim como Mandela e outros, mas eu ainda fico incomodado de como a história repete seus vícios e suas mazelas.

De verdade, eu quero enfrentar essa onda fascista com toda força, mas não acho que eu precise de um super herói pra isso, até por que eles são muito mais frágeis do que os ideais que eu defendo, e quando vamos cair pro campo político a briga fica parelha, mas insistimos em deixar a atuação de base pra ficar seguindo comício.

Eu quero o Lula livre, mas não quero um herói, Lula foi e acho que ainda é, um retrato de um povo sofrido que ele até hoje abraça e sua junto na rua, mas afirmo, ele não é o único capaz disso, precisamos olhar pro lado.

Hoje é um grande dia!!!

É o meu aniversário e por isso hoje digo: Parabéns a mim! Vivi mais um ano de vida e por esse fato sinto muita gratidão.

Cheguei aos 55 anos com saúde.

Alcançar 55 anos, o que isso significa? Não haverá na prática muita diferença entre 40, 50, mas já que se trata de um número bonito,  nada custa tecer algumas reflexões especiais.

Sou da safra de 63, pisciana bem assumida e feliz com meu dia 8 de Março. Aliás, Março é um mês que sempre me agradou, um mês festivo, forte!

E Por incrível que pareça, tenho me dado conta de algumas avaliações internas, balanços existenciais, recordações dos trechos percorridos, saudades de tempos idos e de pessoas ausentes.

A primeira coisa que me vem ao coração, todas as vezes que avanço na idade, é que não sou mais a menina precoce, que fui na adolescência, não sou mais a jovem promissora…que provocava elogios.

E que sou eu então – aliás, que estou eu então? que sou eu então – Um espírito de cansaço, velhice e desilusão. Mas, se há algo que jamais perdi é a paixão, o ímpeto de agir, o idealismo agudo, que alguns consideram exagerado, porque é um idealismo duro, que não faz concessões. Às vezes, quando falo  me vejo mais entusiasmada e eloquente, confiante e otimista. Talvez seja o ardor de revoluções (pacíficas, claro) que não me abandona jamais.

O que também não perdi em 55 anos é meu coração de criança. É que não sei mentir, sou sincera ao extremo, sentimental sem limites. Sensibilidade à flor da pele.  E lá vem sofrimento nesse mundo individualista, que se esfria cada vez mais, que considera todo sentimento brega, imaturo, tolo… que confunde desapego com indiferença individualista.

Desapego que anda junto de fidelidade a princípios em que acredito e com que jamais negocio. Disso tenho orgulho! Nunca fiz um trabalho que contrariasse a minha consciência, nunca fiz concessões no que considero justo, honesto, bom, elevado e belo.

Confesso que endureci, com toda a adversidade que qualquer ser humano passa na vida. Mas ainda não perdi a ternura. Mesmo que alguns zombem disso. Mas há muitos outros que se achegam, gostam de um afago, confortam-se com uma palavra de amor e um colo farto e materno.

Do que mais gosto: crianças, animais, natureza, música, poesia, filmes e espiritualidade. Essa sempre foi forte em mim.

O maior patrimônio que acumulei nesses 55 anos de vida: a consciência limpíssima de estar cumprindo meu destino, fazendo o melhor que posso; muitos e profundos e duradouros afetos;  muitos ideais erguidos à custa de suor e lágrimas; muitas flores e frutos das sementes semeadas…

A maior dor: as saudades dos que se foram, que aqui estão, mas que não posso tocar; as ingratidões colhidas de pessoas amadas, que se retiraram do meu caminho…

Aliás, sou um uma confusão de sentimentos, uma tempestade de emoções; e não podia ser diferente, já que o que faz bela a minha vida é mesmo a inconstância, a minha família tão amada, que segue  comigo nessa jornada, e a Deus que me cumulou de bênçãos ao longo da minha vida!

O que espero e quero para o futuro:  Mais afetos, mais livros, mais ideais erguidos, semeados e frutificados, meus amigos à volta, meus gatinhos se multiplicando… e sempre maior serenidade, dessa que tenho acumulado aos poucos, caminhando para uma velhice de trabalho e paz e uma morte de reencontro, com todos os que me esperam na outra margem da vida.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Albert Einstein fala sobre racismo

Fugido da Alemanha nazista, Einstein se mudou para os Estados Unidos. Ao chegar no país, ficou impressionado com a forma como os negros eram tratados nos Estados do Sul, já que o físico havia saído da Alemanha por questões racistas. Ao final dos anos 40, Albert Einstein resolveu não falar mais em universidades nem lecionar aulas, por acreditar que essas atividades teriam a ver mais com a alimentação do ego do que compartilhamento de conhecimento. Porém, no inicio de 1946 o físico abriu uma exceção após ser convidado para palestrar para uma turma de jovens na Lincoln University, primeira universidade a conceder diplomas de graduação para negros,

Einstein aceitou o convite desde que pudesse falar sobre racismo e sua experiência com o antissemitismo Europeu.
Em um certo momento da aula, o físico declarou: "Racismo é uma doença de pessoas brancas e eu não pretendo ficar calado sobre isso".

Após a palestra, Albert Einstein trocou correspondências com ativistas pelos direitos civis dos negros e se colocou, publicamente, a favor do fim das leis de segregação racial nos Estados Unidos.

Quem é jose Mujica?

Perguntado sobre quem é esse Pepe Mujica, ele responde:

“— Um velho lutador social, da década de 50, com muitas derrotas nas costas, que queria consertar o mundo e que, com o passar dos anos, ficou mais humilde, e agora tenta consertar um pouquinho de alguma coisa”.

José Alberto Mujica Cordano, conhecido como Pepe Mujica, presidente do Uruguai, recebe USD$12.500/mês (doze mil e quinhentos dólares mensais) por seu trabalho à frente do país, mas doa 90% de seu salário, ou seja, vive com 1.250 dólares, cerca de R$2.538,00 reais ou ainda 25.824 pesos uruguaios. O restante do dinheiro ele distribui entre pequenas empresas e ONGs que trabalham com habituação.

Aos 77 anos, Mujica vive de forma simples, usando as mesmas roupas e desfrutando da companhia dos mesmos amigos de antes de chegar ao poder. Além de sua casa, seu único patrimônio é um velho Volkswagen, cor celeste, avaliado em pouco mais de mil dólares.

Como transporte oficial, usa apenas um Chevrolet Corsa. Sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, também doa a maior parte de seus rendimentos.
A poucos quilômetros de Montevidéu, já saindo do asfalto, avista-se um campo de acelgas. Mais à frente, um carro da polícia e dois guardinhas: o único sinal de que alguém importante vive na região.

Ainda jovem, Mujica se envolveu no MLN — Movimento de Libertação Nacional e ajudou a organizar os tupamaros, grupo guerrilheiro que lutou contra a ditadura. Foi preso pela ditadura militar e torturado. “— Primeiro, eu ficava feliz se me davam um colchão. Depois, vivi muito tempo em uma salinha estreita, e aprendi a caminhar por ela de ponta a ponta”, lembra o presidente uruguaio.

Dos 13 anos de cadeia, Mujica passou algum tempo em um prédio, no qual o antigo cárcere virou shopping. A área também abriga um hotel cinco estrelas. Ironia para um homem avesso ao consumo e ao luxo.

No bairro Prado, a paisagem é de casarões antigos, da velha aristocracia uruguaia. É onde está a residência Suarez y Reyes, destinada aos presidentes da República. Esse deveria ser o endereço de Pepe Mujica, mas ele nunca passou sequer uma noite no local. O palácio de arquitetura francesa, de 1908, só é usado em reuniões de trabalho.

Mujica tem horror ao cerimonial e aos privilégios do cargo. Acha que presidente não tem que ter mais que os outros. “— A casinha de teto de zinco é suficiente”, diz ele. -“Que tipo de intimidade eu teria em casa, com três ou quatro empregadas que andam por aí o tempo todo? Você acha que isso é vida?”, questiona Mujica.

Gosta de animais, tem vários no sítio. Pepe Mujica conta que a cadela Manoela perdeu uma pata por acompanhá-lo no campo e que ela está com ele há 18 anos.
A vida simples não é mera figuração ou tentativa de construir uma imagem, seguindo orientações de um marqueteiro. Não, ela faz parte da própria formação de Mujica.

No dia 24 de maio de 2012, por ordem de Mujica, uma moradora de rua e seu filho foram instalados na residência presidencial, que ele não ocupa porque mora no sítio. Ela só saiu de lá quando surgiu vaga em uma instituição. Neste início de inverno, a casa e o Palácio Suarez y Reyes, onde só acontecem reuniões de governo, foram disponibilizadas por Mujica para servir de abrigo a quem não tem um teto.

Em julho de 2011, decidiu vender a residência de veraneio do governo, em Punta del Este, por 2,7 milhões de dólares. O banco estatal República a comprou e transformará a casa em escritórios e espaço cultural. Quanto ao dinheiro, será inteiramente investido – por ordem de Mujica, claro – na construção de moradias populares, além de financiar uma escola agrária na própria região do balneário.

O Uruguai ocupa o 36ª posição do ranking de EDUCAÇÃO da Unesco, enquanto o Brasil ocupa a 88ª posição. Já no ranking de
DESENVOLVIMENTO HUMANO, o Uruguai ocupa o 48º lugar, enquanto o Brasil ocupa o 84º lugar. Enquanto isso no Brasil, políticos reclamam que recebem um salário baixo para o cargo que exerce.

QUE VERGONHA!!!

Mujica é um homem raro, nesses tempos de crise de valores morais e ética, dentre os políticos sul-americanos.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

“Os Erros de Luís!

Você errou, Luís...
Errou na mão, errou na dose, errou no tempo, errou na história...
Contra todo e qualquer argumento, Luís, voce teve a oportunidade histórica de fazer diferente...
Mas escolheu fazer igual, escolheu piorar o que sempre criticou...
Esqueceu suas raízes, suas origens humildes e se aliou aos poderosos de plantão...
Esqueceu os seus amigos antigos e olhando apenas pra o próprio umbigo, Luís, abraçou a traição...
Você errou Luís...
Errou feio...
Errou no mensalão, errou no petrolão, errou ao escolher e defender Dilma e ao andar na contra-mão...
Errou ao deixar seu filho ser o "fenômeno" executivo de plantão...
Errou ao deixar o poder e a glória lhe subir a cabeça...
Errou mais ainda ao deixar que o dinheiro e a fama congelassem seu coração...
Errou em Santo André, no São Francisco, no Rio de Janeiro, em Atibaia, em Guarujá, em todo o país...
Errou na presunção de não ter ninguém à altura de sua luz...
Errou quando se equiparou em honestidade a Jesus...
Errou de forma tropega e infeliz...
Você errou muito Luís...
Errou quando transferiu a culpa pra gente que não podia mais se defender...
Celso Daniel, Marisa Letícia, acusados depois de morrer...
Errou quando disse que nada sabia, quando cinicamente mentia, insistia em não se envolver...
Errou quando foi incapaz de reconhecer um erro sequer, seu ou de seu partido...
Dos genuínos dólares na cueca às reformas e imóveis dos quais "nunca tinha ouvido"...
Como você errou Luís...
Errou ao perder um dedo, ao fazer segredo de sua voraz ambição!
Errou ao se achar "o cara", errou na auto-vitimização!
Errou ao elogiar Chaves, Evo, Maduro, errou na manipulação...
Errou com os companheiros Dirceu, Palocci, Delcídio, Vaccari, Vargas, deixando todo mundo na mão...
E na prisão!  
É Luís...
De tanto que errou, você tanto fez, que agora é a bola da vez...
Na marola do mar de lama em que se transformou o seu tempo no poder, não tinha mais como se esconder...
E embora o fanatismo de uns, o ego de outros e o interesse de tantos ainda tentem lhe absolver,
mais do que uma pena, você é digno de pena, Luís...
Todos que lhe conhecem sabem muito bem que seu maior crime foi um assassinato!
Foi você, Luís, e só você que matou o Lula...
E ao matar o Lula voce aniquilou a mais bonita militância política que um partido já teve neste país...
Uma militância legítima, espontânea, verdadeira...
Não a que você conseguiu transformar em gente paga, com pão e mortadela...
Você errou Luís...
E já passou da hora de pagar as contas por seus erros...
Quem sabe, em sua arogância insana, você até se sinta feliz...
Afinal você vai em cana! E cana é tudo o que você sempre quis!”

Marieta Severo